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Gustavo Barroso (1888 - 1959) |
No terceiro volume de suas memórias (Consulado da China), o escritor cearense Gustavo Barroso fala de suas alegres estadas na fazenda Água-Boa, localizada na ribeira do Ceará (Rio Ceará), de propriedade de João Licínio Nunes, seu primo e meu bisavô materno. Hospedava-se no último quarto à esquerda da casa grande – ver primeira foto, abaixo – e, entre uma caçada e um banho de açude, escreveu a novela João Ferreira (1909), publicada em rodapés no Jornal do Ceará e depois refundida, a pedido de Monteiro Lobato, no volume Mula sem cabeça. Traduzida para o inglês por Cunnighame Graham, elogiada pelo “Times”, foi, segundo o autor, “o último livro que Joseph Conrad leu em seu leito de morte, conforme diz na derradeira carta que escreveu e que vem publicada no volume de sua correspondência”. Na Mula sem cabeça, Gustavo Barroso, o “ariano cearense” (alcunha a ele atribuída pelo professor Eduardo Diatahy), descreve a fazenda de Água-Boa, seu aconchego.
A fazenda ainda é propriedade da minha família materna. Frequentei-a muito em minha infância e juventude. Inesquecível o dia em que varei a madrugada em um bote, no meio do açude, ouvindo no toca-fitas canções do “Pessoal do Ceará”, na companhia da minha paixão adolescente… e com minha irmãzinha atrapalhando. (Manuel Bulcão)
Três fotos do açude
A capela
Eu na Água-Boa (em flagrante delito, isto é, tomando uma cervejinha) com primos e minha mãe Eunice.
Obs.: Essas fotos me foram dadas por minha prima Claudinha.
Que maravilhoso dia passamos juntos na terrinha tão amada por nós! Passeio inesquecível. Obrigada pela companhia.
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