Caro Roberto Takata. Nosso amigo Bulcão morreu no dia 23 de agosto, poucos dias depois de completar 49 anos. Em "Sobre a Consciência", de As Esquisitices do Óbvio, ele escreveu: "Quanto ao homem, uma consequência do seu grande poder de previsão é, precisamente, a consciência da morte, da sua própria e dos seus entes queridos. E como, além de perseguir pequenos projetos cotidianos, o homem, contrariamente ao chimpanzé, também se guia por um projeto maior, um "projeto de vida", a morte - que, sabe ele, pode ocorrer a qualquer momento - sendo uma ameaça constante a qualquer plano pessoal que se tem como razão de viver, representa uma inesgotável fonte de angíustia".
E, no entanto, creio poder assegurar que o Manuel (a partir da conversa que tivemos na UTI, no último dia em que lhe foi possível ainda falar) não se encontrava angustiado, mas bastante tranquilo, perante a possibilidade tão iminente da morte; 'não estou com medo' foram suas palavras. 'A morte não é uma negação ou ruptura da vida, mas sua completude'. E ficamos nós, os amigos, muito menos tranquilos, pasmos diante dessa óbvia esquisitice, a despedida de Manuel Soares Bulcão Neto.
p.s: creio, Takata, que você gostará de saber o quanto Bulcão o tinha em consideração. Várias vezes ele o mencionou, e sempre com admiração.
Como assim?
ResponderExcluir[]s,
Roberto Takata
Caro Roberto Takata. Nosso amigo Bulcão morreu no dia 23 de agosto, poucos dias depois de completar 49 anos. Em "Sobre a Consciência", de As Esquisitices do Óbvio, ele escreveu: "Quanto ao homem, uma consequência do seu grande poder de previsão é, precisamente, a consciência da morte, da sua própria e dos seus entes queridos. E como, além de perseguir pequenos projetos cotidianos, o homem, contrariamente ao chimpanzé, também se guia por um projeto maior, um "projeto de vida", a morte - que, sabe ele, pode ocorrer a qualquer momento - sendo uma ameaça constante a qualquer plano pessoal que se tem como razão de viver, representa uma inesgotável fonte de angíustia".
ResponderExcluirE, no entanto, creio poder assegurar que o Manuel (a partir da conversa que tivemos na UTI, no último dia em que lhe foi possível ainda falar) não se encontrava angustiado, mas bastante tranquilo, perante a possibilidade tão iminente da morte; 'não estou com medo' foram suas palavras. 'A morte não é uma negação ou ruptura da vida, mas sua completude'. E ficamos nós, os amigos, muito menos tranquilos, pasmos diante dessa óbvia esquisitice, a despedida de Manuel Soares Bulcão Neto.
p.s: creio, Takata, que você gostará de saber o quanto Bulcão o tinha em consideração. Várias vezes ele o mencionou, e sempre com admiração.
Estou chocado com a notícia.
ResponderExcluirE foi tão pouco depois do falecimento de outro amigo nosso, o Prof. Leo.
Meus mais profundos sentimentos aos familiares e demais amigos,
Roberto Takata
Descanse em paz, Manuel Bulcão.
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