Um crochê hiperbólico de
Dainia Taimina. Foto: Stitchlily |
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(Des)conexões:
Poesia, arte, ciência e matemática
Cantando
espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Luís de Camões
Os Lusíadas, Canto I
O Institute for Figuring,
também conhecido como fig. ou pela sigla inglesa IFF, é uma organização sediada
em Los Angeles, Ca., EUA, que tem como objetivo divulgar e desenvolver a
expressão de conceitos matemáticos e científicos por meio da poesia e de
elementos estéticos através de palestras, publicações e exposições.
Conheci por acaso, buscando informações sobre os crochês hiperbólicos de Daina Taimina (fig. 1). Ela desenvolveu-os em 1997 quando dava aula de matemática na Universidade de Cornell a fim de ilustrar de modo concreto as propriedades de um espaço não-euclidiano hiperbólico - de difícil representação tridimensional. (E a obra de Taimina conheci através do livro: Alex no país dos números: uma viagem ao mundo maravilhoso da matemática, de Alex Bellos, 2009, Cia. das Letras, 490.)
Buscava mais informações não apenas por curiosidade pessoal, mas também para ajudar um amigo meu, Manuel Bulcão, que mantém (entre outras atividades) um blogue que versa exatamente sobre a relação entre ciência e arte: A Arte do Conceito.
Arte e ciência foi também tema abordado no encontro promovido pela revista Trip entre o neurocientista Miguel Nicolelis e o coordenador do Projeto Axé, Cesare La Rocca - ambos homenageados pela publicação no Prêmio Transformadores 2011.
Ciência e arte encontram-se também no termo grego τέχνη 'techné': significando tanto arte quanto ciência aplicada. Raiz de técnica e tecnologia.
E, claro, nas ilustrações científicas. Pra quem gosta, vale a pena visitar o blogue Symbiartic de Kalliopi Monoyios.
Sem falar em fotografias, design, engenharia, infografias, paleografia, neurobiologia da arte, ou, mais recentemente, arte genômica*. Impossível esgotar os detalhes de todas as imbricações em uma única postagem - ou mesmo em uma série.
*Upideite (17/set/2011):
A lista é quase interminável, mas eu não poderia deixar de mencionar
outra área de encontro: dança
interpretativa de teses de doutoramento.
Roberto Mitsuo
Takata
16/09/2011.
Obs.: Texto extraído do blogue GeneRepórter.
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